A paulista Bárbara Scarelli assume como nova Head de Content da GH. Jornalista de formação, tem experiência em gestão de equipes e um extenso currículo nas áreas de comunicação institucional, sustentável, política e algumas passagens por veículos esportivos. Bárbara acredita na liderança em uma perspectiva de troca de experiências, na qual deixa sua bagagem e aprende um pouco diariamente, alá Novos Baianos, “pela lei natural dos encontros, eu deixo e recebo um tanto.”
Quando não está ajeitando as bagunças de sua golden, ou lutando por direitos igualitários, ela está pensando em como expandir e criar processos para os produtos do conteúdo.
Quer saber mais sobre a nova líder do Conteúdo Geaguense? Então continua lendo:
Me conta um cadinho sobre você e sobre a sua jornada profissional.
Sou da grande São Paulo, nasci em Jundiaí e passei a maior parte da minha vida em Franco da Rocha.
Não consigo imaginar minha vida sem jornalismo, me formei pela Universidade Mackenzie, há 10 anos. Ainda na conclusão do curso, um dos meus Trabalhos de Graduação Interdisciplinar foi montar uma agência de comunicação sustentável, algo que surpreendeu alguns professores, mas sempre gostei de inovar que acabou gerando bons resultados.
Passei pela comunicação de duas prefeituras, fiz pós-graduação em Marketing Político, período em que apresentei projeto em Congresso em Curitiba, fiz campanhas e as venci, com bases sólidas em redes sociais. Em uma dessas prefeituras fui coordenadora de RP. Lá montei minha primeira equipe e passei por grandes desafios da carreira, desde o cerimonial de chefes de Estado a gerenciamentos de crise.Isso tudo me permitiu crescer muito. Também consegui desenvolver uma campanha contra a Violência contra a Mulher, conquistando um aumento considerável de aumento de denúncias na DDM.
Entre uma prefeitura e outra, trabalhei com esporte, no site torcedores.com, conquistei prêmio e acumulei mais de 2,5 milhão de leituras.
Fiz intercâmbio, morei em Malta, onde fui estudar inglês, na volta fui contratada por uma agência de Marketing Digital em São Paulo, em que fui coordenadora de conteúdo comecei a desenvolver estratégias de social mídia, agregando mais conhecimento a essa que é uma das minhas grandes paixões. Como as métricas mudam o tempo todo e temos que nos adaptar ao formato, precisamos estar estudando constantemente. Entre os clientes, atendia uma multinacional, hotéis, marcas, influencers, sempre focado em social.
Foi aí, então que a GH entrou na minha vida.
Como é a tua visão de liderança e quais os desafio de assumir a gestão do conteúdo em meio à expansão dele?
Na minha visão, fazer parte de um time é sobre troca de experiências. Assim, eu venho com a minha bagagem de experiências que me permitiu chegar à GH e mesmo com 09 anos de experiência, aprendo diariamente com todos a fazer o que nunca fiz em outras passagens.
Citando O Príncipe, não acredito na liderança do tipo maquiavélica e ditatorial. Não tenho o objetivo de ser temida e faço tudo sempre com muita humildade. Além disso, acredito que a melhor forma é de liderar pelo exemplo e pela capacidade de confiança.
A GH tem um longo histórico de lideranças formadas aqui dentro. Eu sou a primeira líder que vem do mercado, sou pioneira nisso e como já disse, gosto de inovar.
Sendo essa a minha terceira equipe de gestão e com todos esses desafios, fui recebida muito bem pelo time, muito respeitada enquanto liderança e também trato todos com muito respeito.
Como você vê o papel do conteúdo hoje no mundo do marketing e das marcas?
De maneira geral, no mercado, conteúdo dentro de um escritório de gestão de marcas é difícil de escalonar. Quase sempre, a gente age muito como suporte de outras áreas. O conteúdo acaba sendo apoio às outras áreas, mas nenhum projeto entra aqui, sem passar pela área.
No Brasil, temos apenas um escritório especialmente conhecido pelas estratégias de conteúdo e não como “área suporte” das demais. Esse é um espaço vazio que acreditamos que podemos ocupar, pensando em produtos certos.
Qual a tua visão de futuro para a área de conteúdo da GH?
Antes de mais nada, eu defendo uma diversificação da área, o que considero fundamental. Tanto que estamos associando o crescimento da área a ela, incluindo, por exemplo, publicitários e uma redatora formada em letras, não sendo mais um time de apenas jornalistas. Isso é importante porque assim ganhamos diferentes visões que obrigam a gente a sair das nossas bolhas. Eu acho que é dentro da diversificação que crescemos. A possibilidade de se estagnar com um time é sempre maior quando todo mundo é mais parecido.
Outro ponto é que temos uma rotina em que a demanda sempre começa com o Conteúdo, que orienta o restante do processo. Acredito que precisamos quebrar um pouco as barreiras entre as áreas da GH, deixando o Conteúdo mais integrado com o Design, a TI e a Performance desde o início do processo.
Sendo o Conteúdo uma das áreas estratégicas da GH no modelo Brandtech (leia mais sobre aqui), eu acredito em uma perspectiva que a gente tenha mais produtos próprios da área. A diversificação faz parte desse processo também. Agora temos outras áreas de atuação e podemos abrir essas possibilidades. Dessa forma, podemos nos tornar reconhecidos pelo Conteúdo e ocupando esse espaço vazio que as outras fortes no Brasil estão deixando.
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Redação e Entrevista: Matheus Rosa
