Sempre buscando novas formas de aprender, ele une sua paixão pela educação com uma visão oxigenada do negócio
Ele nasceu em Santa Rosa – RS, mas é um cidadão natural do mundo. Formado em Administração e Mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade Fernando Pessoa em Portugal, Douglas Marques é empresário, professor e, principalmente, um obcecado por conhecimento.
Já trabalhou na polícia, em gráfica, na indústria de sementes e até em chão de fábrica. Brinca que desde pequeno já fazia captação de leads, só que entregando panfletos na rua.
Durante a faculdade, não se contentou com apenas Administração – fez várias matérias de outros cursos, como Economia, Engenharia de Produção e Psicologia. Chegou a morar na Irlanda por um ano, onde aprendeu inglês e fez um curso de especialização na área de inteligência de mercado.
Mas afinal, quem é o Douglas? Um profissional multifacetado, que é das exatas, mas também é das humanas; que, desde 1992, está em sala de aula, seja como aluno ou professor; e que, hoje, é o novo Chief Executive Officer (CEO) da GH Academy.
Confira abaixo, na entrevista exclusiva com ele, quais são as expectativas para a Academy nos próximos anos e como a nova gestão está se preparando para o contexto híbrido da educação:
Douglas, vamos começar do começo. Por que você aceitou esse desafio?
Eu já fui cliente e fornecedor da GH, e inclusive tenho um projeto muito interessante com o Gustavo na área de educação no ensino médio. A gente vive conversando sobre muitas coisas, e quando surgiu o convite eu não pestanejei. A GH Academy possibilita que eu trabalhe com educação e formação, duas coisas que eu tenho muito fortes em mim. Sou admirador do trabalho dos meninos, então foi um sim muito claro e muito tranquilo. Vejo como um enorme desafio sim, já que trabalhar com plataformas online de educação é um processo que vem mudando, mas está no timing certo, principalmente com a pandemia, que está sendo um catalisador desse processo. É uma oportunidade de mostrar que a gente consegue!
Como você acha que a sua bagagem profissional vai contribuir para a gestão?
Eu me desafiei muito indo para a área da comunicação, porque sempre fui mais de exatas. Trabalho com criatividade hoje porque sou um apaixonado! Mas também tenho uma visão mais lógica e respeito muito a singularidade de cada um. Por isso, por onde passei, sempre formei bons times e acredito que a minha visão de negócio e business vai contribuir muito. Assim, penso que a união de todas as experiências que já tive na vida me habilita a fazer a diferença nesse projeto.
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Como a comunicação entrou na tua vida?
Eu sempre gostei muito dessa área, então surgiu a oportunidade de fazer mestrado em Ciências da Comunicação na cidade do Porto, em Portugal. Minha ideia era estudar o comportamento do consumidor, mas chegando lá eu conheci um dos professores que, para mim, é um expoente na área da comunicação: o Francisco Mesquita. Ele é especialista em comunicação visual e, como eu queria que ele me orientasse, decidi desenvolver meu trabalho em cima disso. Foram 3 meses de muitas leituras para de fato entender como esse mundo funcionava, e o resultado foi uma pesquisa sobre a leitura visual de rótulos de cerveja artesanal no Brasil, algo que sou fã e até produzo (risos).
Falando sobre comunicação visual. Qual é a importância de se ter hoje uma visão estratégica do design?
Na administração, tem uma escola chamada “Escola do Design”. E isso foi sempre o que mais me atraiu, porque é basicamente sobre resolução de problemas. Eu acho que tudo aquilo que a gente faz, seja na vida acadêmica ou na vida profissional atuante, é sobre isso. O profissional hoje precisa saber entender o contexto, interpretar e solucionar o problema. Dentro disso tudo, eu acredito que o profissional de design está muito habilitado a fazer isso. A profissão foi criada para resolver problemas e, dentro disso, dar uma resposta para o mercado.
Qual é o maior diferencial de um bom profissional de design?
Eu acredito que a questão ferramental, as hard skills, é possível aprender de maneira fácil. Agora, a questão do pensamento crítico, a análise sistêmica, o lado mais holístico da coisa, é o que vai ser o grande diferencial nesses profissionais. É entender que a bagagem pessoal dele pode contribuir muito de uma forma criativa para a resolução desses problemas.
Nesse contexto híbrido da educação na pandemia, qual é o futuro da Academy?
A gente tem muito claro que, para conseguirmos alcançar um mercado maior, ela precisa ter uma entrega totalmente online. Assim, posteriormente, podemos trazer a experiência para o presencial, ou quem sabe, dando um spoiler aí, implementar um processo gameficado como diferencial.
O que mais vem de novo por aí? Pode dar mais spoilers (risos)?
Estamos neste momento em um processo de revisão dos dois cursos já existentes, e posso dizer que vem mais dois vindo aí: ambos na área da tecnologia. Estamos nesse processo de validação e de aprendizado constante. O curso deu certo? Deu. Mas vamos revisar e ver o que podemos melhorar, pegando um feedback do mercado. Essa evolução constante é muito importante, e me arrisco a dizer que nunca vai ter um curso igual ao outro. Estaremos sempre aprimorando.
Como tu enxerga a Academy daqui a 5 anos?
Acredito que vamos trabalhar dentro da nossa proposta atual, unindo design, tecnologia, performance e criatividade, sendo esse último até de uma forma mais subjetiva. E uma das grandes metas é levantar a bandeira e sermos um dos maiores players do mercado nesse segmento, a nível Brasil.
Para finalizar: imagine que você está diante de um potencial aluno agora. Por que ele deve se inscrever em um dos cursos da GH Academy?
Eu acho muito frustrante você passar 4, 5 anos em uma sala de aula e só ao final começar a fazer entregas. Eu acho que no momento que o aluno se conecta com um curso e já começa a receber e absorver informações, ele já precisa ter condição de realizar uma entrega com base naquilo. Essa é a proposta de tudo o que a gente vai reformular dentro da GH Academy: ao mesmo tempo em que o aluno está aprendendo, ele já vai poder estar entregando para o mercado. As respostas que ele encontra no Google, vão continuar no Google. A nossa abordagem é completamente nova, e talvez o aluno saia das aulas com muito mais perguntas do que respostas. E essa é a lógica: nós vamos desacomodar muita coisa, e ao mesmo tempo entregar o ferramental necessário para que ele execute tudo aquilo que imagina.
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Entrevista: Vitória Londero