Metaverso: o que é e como sua marca pode criar futuro nessa nova realidade

Entenda o que é o metaverso, como ele já está impactando o cenário das marcas e como a metodologia brandtech pode transformar você em player one desse jogo.

Alguns meses depois do até então Facebook passar a se chamar Meta, os olhares ao redor do mundo se voltavam novamente para Mark Zuckerberg quando ele anunciou a chegada do “metaverso”, uma espécie de universo virtual, ultra realista e interativo.

Parece bem futurístico, né? Mas para os entusiastas da temática cyberpunk essa realidade já é conhecida e existem até registros de criações similares há poucas décadas atrás.

O que é o metaverso?

De forma direta e objetiva, o metaverso é um ambiente virtual, hiper-realista e compartilhado, onde o acesso é possível com uso de óculos especiais (similar ao VR) e outros equipamentos. 

É literalmente como se você estivesse dentro de um jogo. Lembra do famoso The Sims? Imagine se você pudesse enxergar do ponto de vista de um dos seus personagens. Agora pense em um cenário muito maior, para além da sua casa, vizinhança e até mesmo dimensão. 

Outro exemplo bem interessante (e distópico) dessa proposta imersiva é o filme “Ready Player One” (“Jogador Número 1”), dirigido por Steven Spielberg. O longa traz o retrato de uma sociedade imersa em dois mundos diferentes: o real e a realidade virtual do jogo OASIS.

O que é o metaverso?
Tye Sheridan como Wade Watts em Ready Player One. Fotografia: Allstar/Warner Bros

Para os boomers de plantão, o metaverso é uma versão mais gamificada e lúdica do filme Matrix, onde Neo desafiava as leis da física para lutar contra o domínio das máquinas.

Mas calma, que por enquanto as funções do Metaverso de Zuckerberg ainda estão um pouco menos cinematográficas.

Quando surgiu o metaverso?

A realidade é que o termo metaverso apareceu pela primeira vez no livro de ficção científica “Snow Crash”, do escritor Neal Stephenson, em 1992. A narrativa traz Hiro Protagonist como um entregador de pizzas, na vida real, e que no mundo virtual se transforma em um hacker samurai.

Algum tempo depois, em 2003, o jogo Second Life tentou trazer à tona a ideia do metaverso, mas não permaneceu relevante por muito tempo.

Metaverso: um universo virtual com impactos reais

Apesar da maioria dos exemplos de metaverso serem ligados a jogos e filmes, o conceito em si é mais amplo. Envolve adaptarmos o nosso modo de vida moderno à imersão nesse universo virtual.

Trocaríamos as telas planas dos nossos smartphones, computadores e tablets por uma experiência tridimensional, em que seria possível interagir com objetos, pessoas e informações de um jeito muito mais atrativo.

Já pensou em ouvir as notícias do dia enquanto passeia pelo deserto do Saara, com seus amigos, pilotando o novo BMW? Pode parecer fora da realidade (por agora), mas logo será possível com o avanço exponencial da tecnologia de realidade virtual.

Notou algo familiar nesse cenário que acabamos de imaginar? Talvez o fato de termos citado especificamente um carro da BMW (não, ela não está patrocinando este post) como um exemplo de como as marcas podem estar ativamente presentes nesse novo mundo.

Segure um pouquinho aí que já vamos falar mais sobre isso! 

Tecnologias presentes no metaverso

Tecnologias presentes no metaverso

Para conseguir dar vida a toda essa história de universo virtual, compartilhado e hiper-realista é preciso unir uma série de tecnologias que dão forma tanto ao aspecto visual/sensorial quanto às interações dentro da plataforma.

Confira as principais vistas até agora:

Blockchain

Blockchain é um sistema que permite rastrear o envio e recebimento de alguns tipos de informações pela internet. É a mesma tecnologia que permitiu a criação do bitcoin, a primeira e mais famosa criptomoeda do mundo. 

NFTs

Os non-fungible token (ou token não-fungível) também serão itens comuns no metaverso. Sendo mais objetivo, o NFT é um código que serve como autenticação de um arquivo, uma “etiqueta” que garante que ele é único. 

Dentro do metaverso, os NFTs seriam usados para autenticar as transações de todos os itens, garantindo a autenticidade dos mesmos.

Criptomoedas

Criptomoeda é uma espécie de moeda virtual descentralizada que não depende de bancos para verificar e confirmar transações. É a criptografia que protege as transações, informações e dados de quem transaciona. 

A mais famosa até hoje é o bitcoin, supostamente criado por um indivíduo chamado Satoshi Nakamoto.

Realidade aumentada (VA)

Esse é um tipo de realidade que combina aspectos dos mundos virtual e físico. Ela insere elementos virtuais no mundo real. É possível usar a tela do seu smartphone para enxergar objetos ultra-realistas como se estivessem de fato na sua frente. 

Lembra do Pokémon Go? A febre dos millennials que saíam pelas ruas caçando os monstrinhos virtuais (e eventualmente esbarravam em algo enquanto andavam olhando para o celular).

Realidade virtual (VR)

Diferente da VA, a realidade virtual é um ambiente em 3D que simula o mundo real e permite uma experiência mais imersiva. Para usar essa tecnologia é preciso usar os já populares óculos VR.

Como o metaverso vai impactar o mundo das marcas?

A primeira coisa que podemos identificar é a interação do público com os produtos e serviços ofertados. Já pensou em não precisar sair de casa para visitar sua loja de roupas favorita e poder experimentar os últimos lançamentos no seu avatar personalizado?

Ou até assistir a um trailer de filme do ponto de vista do personagem principal? As possibilidades são infinitas quando falamos em projeções para esse novo mundo.

Empresas vão passar a avaliar se vale mais a pena abrir uma loja no mundo físico ou no virtual. O fato é que as formas de anunciar e vender dentro do metaverso podem definir quais marcas continuarão relevantes no futuro e quais vão ficar no passado.

Quais os principais desafios?

A princípio, precisamos ver o metaverso como uma outra dimensão e não apenas como mais um espaço para anúncios. Nada de usar mídias convencionais com os mesmos discursos manjados. Inovação é a palavra-chave para ter sucesso. 

Desenhar estratégias únicas e pensadas para que a experiência do usuário seja totalmente personalizada. Esqueça aquela ideia de e-mail marketing com abordagem genérica e anúncios com títulos clickbait

Marcar presença no metaverso vai muito além de exibir uma logo. É preciso se reinventar e projetar experiências digitais totalmente livres, mas para isso é fundamental começar hoje mesmo a mergulhar na gestão da sua marca tendo a tecnologia como motor de propulsão.

Temos pela frente uma verdadeira corrida pelo protagonismo virtual. Veja logo abaixo quem já está na pista.

Quais marcas já estão no metaverso?

BMW

Lembra do nosso exemplo lá em cima? Então, em janeiro deste ano, a marca usou o ambiente do metaverso para lançar o BMW iX, o carro elétrico que abre uma nova era de mobilidade e tecnologia.

O evento ainda foi transmitido via live com a participação de Bruno Nobru, jogador profissional e streamer.

Quais marcas já estão no metaverso? BMW
Divulgação/BMW

Itaú

O Banco Itaú criou uma ação chamada #2022EmUmaPalavra e a transportou para a Cidade Alta, um servidor que faz parte do jogo GTA 5. Foram colocados outdoors ao longo dessa cidade virtual para atrair e engajar o público gamer.

Quais marcas já estão no metaverso? Itaú
Divulgação/Itaú

Nike

A gigante do segmento esportivo criou, dentro do jogo Roblox, a Nikeland. Além disso, anunciou a compra da empresa Artifact Studios, especializada na criação de tênis e artefatos digitais. Lembra dos NFTs? Esse é um belo exemplo de como explorá-los.

Quais marcas já estão no metaverso? Nike
Divulgação/Roblox

Vans

A Vans criou o “Vans World” dentro do Roblox, onde é possível fazer compras e customizar tênis e outros itens dentro do jogo, criando seu próprio mundo digital, no segmento da moda e esportes virtuais.

Quais marcas já estão no metaverso? Vans
Divulgação/Roblox

Lojas Renner

A Renner montou sua própria loja dentro do jogo Fortnite, com direito a enquete interativa para a escolha de estampas que farão parte das peças de cada coleção.

Quais marcas já estão no metaverso? Renner
Divulgação/Renner

Percebeu algo em comum entre essas marcas? Todas precisaram ressignificar sua forma de dialogar e criar uma conexão com esse novo público.

Usar a tecnologia como meio para escalar as relações com cada consumidor, reforçando ainda mais a identidade da marca é um dos traços característicos da metodologia brandtech.

Brandtech: a chave para se posicionar no metaverso

A essa altura, você já deve ter notado que quando falamos da sobrevivência em um universo virtual, sobretudo para empresas, é vital ter uma gestão amplamente estratégica da sua marca utilizando a tecnologia como meio de interação.  

Não é atoa que o metaverso se tornou a nova aposta das gigantes de tecnologia, mas antes vamos entender algo muito importante:

O que é brandtech?

Brandtech é a junção de brand= marca e tech= tecnologia. É uma metodologia que representa uma nova forma das empresas reformularem suas operações para desenvolverem produtos e serviços únicos, com foco em performance e experiência do usuário.

Nas palavras do CSO da GH Branding, Tiago Denardin, “Brandtech é a conexão de diversas expertises que transformam uma marca em uma poderosa plataforma de relacionamento e negócios”.

Usar a tecnologia como parte da construção de marca já é realidade no cotidiano de muitas empresas em escala global, principalmente para aquelas que ambicionam criar futuro na era do metaverso.

Veja algumas empresas que já adotaram essa fórmula:

Quais marcas já utilizam a metodologia brandtech?

Nubank

A maior fintech da América Latina já nasceu em um mundo totalmente digital. Mas para além disso, a marca aposta no seu posicionamento estratégico focado na relação com o consumidor.

Como resultado dessa abordagem, em 2019 o Nubank chegou a um faturamento de 2,1 bilhões e conquistou mais de 20 milhões de usuários. Sem falar que 86,4% dos brasileiros afirmaram que indicariam o cartão Nubank para amigos e familiares. 

AirBnb

O Airbnb precisou adaptar seu negócio aos diversos altos e baixos da economia. Com viagens sendo canceladas por causa da crise do COVID-19, muitos anfitriões ficaram sem receber seus hóspedes.

Para virar o jogo, foi preciso mudar a estratégia e construir um novo posicionamento com o slogan “We believe in a world where people belong anywhere”. Além disso, a empresa abriu um fundo de US$ 250 milhões para ajudar anfitriões com custos de cancelamentos. 

GH Branding

Com o propósito de construir o futuro dos negócios, a GH se especializou na metodologia brandtech por enxergar que tudo está ligado à tecnologia, principalmente quando falamos em “gestão de marca x interação com o público”.

Através das expertises de design, performance, content e tech, a GH considera todas as formas de interação e desenvolve marcas conectadas aos novos consumidores.

Talvez agora você esteja imaginando como seria a presença da sua marca no metaverso, quais produtos ou serviços teriam fit com essa nova realidade.

A verdade é que ainda há muito espaço para ser explorado e quem ousar se desapegar do jeito antigo de fazer propaganda tem muito a ganhar.

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