Disrupção e Transformação Digital: Entrevista com Douglas Marques, novo CINODisrupção e Transformação DigitalDisrupção e Transformação Digital: Entrevista com Douglas Marques, novo CINO

O bate papo aprofundou esses assuntos e refletiu sobre o impacto desses fenômenos no enfrentamento da crise atual 

A tecnologia é um dos eixos transformadores de negócios. Disrupção, transformação digital e inovação radical, podem atuar como aliados no enfrentamento da crise econômica atual. A constante evolução tecnológica aliada à popularização das culturas digitais e a aceleração de processos pós pandemia, já resultam em um novo cenário global, e muitas organizações passam por um processo de adaptação a essa nova realidade.

De olho neste cenário, a GH tem investido no desenvolvimento da sua área de tecnologia. Com novos serviços e o mercado aquecido, de acordo com o CEO, Gustavo Hansel, em entrevista, a área deve crescer 500% até 2026. 

À medida que as organizações buscam acelerar o crescimento, descobrir novas oportunidades e promover uma cultura de inovação, elas frequentemente formalizam seus programas de inovação ou expandem o alcance de seus programas existentes, não foi diferente conosco. Para aprofundar esses assuntos, batemos um papo com Douglas Marques, novo Chief Innovation Officer, CINO, da GH Branding, cuidadosamente escolhido para escalarmos ainda mais. Um líder altamente colaborativo, influente, com grande bagagem no trabalho em negócios e TI.

Douglas tem diversas formações, entre elas: Graduação em Administração pela UNIJUÍ, Business Intelligence pela ECM College – Dublin, xBA pela StartSe University e Nova Executive Education – Lisboa, mestrados em Comunicação e Ciência da Comunicação, pensa que acabou? Ele não para e já está planejando as próximas. Confira a entrevista na íntegra: 

O que as empresas precisam para serem digitais? Qual o papel da tecnologia neste processo?

Douglas Marques: Precisam querer. É o primeiro passo, talvez até o mais importante. Depois disso, vai depender muito do nível de maturidade da empresa, nesse âmbito digital, e maturidade é algo que se adquire conforme a experiência, uso, conhecimento, prática e ações vão aumentando. Por isso é importante começar.

Enquanto algumas empresas já estão digitalizadas e em meio ao processo de transformação digital, outras ainda estão em processo de digitalização. Não acredito que exista alguma empresa que não iniciou o processo de digitalização, por mais incipiente que seja. A lógica até pouco tempo era ‘ou você se torna digital ou você morre’ e a atual é ‘ou você é digital ou não existe’.

Quando pensamos nisso, entendemos mais ainda que a tecnologia não é o fim, e sim o meio para se chegar lá. Se o objetivo é digitalização ou transformação digital, a tecnologia é um dos pilares responsáveis, fundamental para que isso ocorra. Mas não é a única responsável, e isso também é algo que o mercado às vezes confunde. 

O que você enxerga hoje como o suprassumo em soluções de tecnologia para empresas alavancarem suas receitas?

Douglas Marques: Em primeiro lugar é a própria digitalização, em um processo de fazer mais e melhor aquilo que a empresa já faz. Esse ganho de eficiência permite escalar serviços, produtos e negócios. Um exemplo é o RPA (Robotic Process Automation) que é o uso de robôs digitais, os famosos bots, para realização de tarefas repetitivas que antes eram realizadas por pessoas.

Existe ainda a necessidade de mudar o mindset, a forma como antes as pessoas recebiam as demandas e decidiam como executá-las. Quando pensamos em digitalização, automação, o modo como processamos a própria informação precisa mudar, a forma como executamos as tarefas muda, o modo como pensamos em como solucionar o problema também tem de mudar.

Por fim, a famosa transformação digital, que é o termo da moda. É um processo contínuo e gradativo e, se eu tivesse que colocar numa ordem cronológica, seria essa: digitalização, mindset digital, automação, mindset para dados, transformação digital. 

O que é transformação digital na sua visão? 

Douglas Marques: Criar ou modificar a forma de interação, o relacionamento, entre empresas, clientes e mercado, por meio da tecnologia. Parece simples, mas é algo complexo. Se levarmos em conta que o comportamento do cliente, e por consequência o próprio mercado, está em constante mutação, exigindo com que os negócios se adaptem de forma cada vez mais rápida e que suas expectativas sejam superadas, estamos falando de um movimento que já começou mas que não terá fim.

Nesse processo, há ainda uma confusão sobre digitalização e transformação digital. Partimos do princípio que todos, a esta altura do campeonato, já devem estar digitalizados. A digitalização, de uma forma simples e objetiva, é o uso da tecnologia para melhorar processos, relações, tornar negócios mais eficientes e modificar a forma como fazemos as coisas. A transformação digital faz uso disso e muda a forma como interagimos, modificando e criando novos comportamentos, novos mercados e, por consequência, novos negócios.

Como desenvolver lideranças que possam colaborar culturalmente nessa transformação?

Douglas Marques:Diversificando. Novamente parece simples demais, porém há um peso enorme por trás disso. Quanto mais heterogêneo for o time de líderes, maior a condição criada para de fato utilizar da digitalização e construir o novo. A condição de uma empresa de exercer um papel ativo para a transformação digital, para si e para o mercado, é diretamente proporcional à sua densidade de talentos.

Em um ambiente assim, o trabalho de desenvolver líderes é facilitado. Há condições, incentivos e desafios, um tripé ideal. Por consequência esta empresa também se torna atraente para novos talentos, aumentando sua densidade. Os exemplos internos inspiram e motivam para que novos líderes sejam desenvolvidos. Um ciclo virtuoso. 

Falar é fácil, mas em resumo, é ter o propósito alinhado e o ambiente propício, como primeiro passo, se receita fosse garantia de sucesso, todos seríamos MasterChefs, não acha?

Como é para você o desafio do novo cargo e estar a frente de uma área com grande potencial de crescimento. Quais os maiores desafios neste processo?

Douglas Marques: Eu sempre gostei de desafios, quanto maior ou mais complexo, melhor. Costumo colocar uma perspectiva cíclica em tudo, talvez motivado pela lógica de projetos, com início, meio e fim. Claro que estes ciclos podem, e devem, ser renovados, mas existe um ponto comum em cada renovação: desafios.

Mentalidade de growth, é elevar o ‘sarrafo’ onde o mínimo aceitável já é muito alto, não falar nem aceitar média e conduzir para que todos os agentes consigam evoluir, chegar e permanecer neste nível. Essa consciência de unidade deve ser estabelecida e praticada. 

Ter um time preparado para encarar os novos desafios, que nem sabemos o que pode ser pois a mudança é constante nesta área, também é um desafio. Não é simplesmente estar preparado para o que pode vir, mas ajudar a criar de fato. Ampliar o time, crescer em todos os aspectos, time, serviços, tecnologias, conhecimento e mercado para se consolidar cada vez mais como um catalisador no processo de transformação digital, da porta pra dentro e da porta para fora. 

O que esperar do futuro da área de tecnologia na GH?

Temos metas bem ousadas de crescimento para os próximos anos, chega a 500%, e isso é só uma parte. 

Daremos continuidade ao modelo de aprendizagem, formando trilhas individuais, visando justamente sustentar o modelo de crescimento atual. Com isso, e olhando para o déficit profissional esperado pelo mercado, acreditamos que vamos formar profissionais dentro de casa, além de atrair talentos justamente pelo processo montado.Não é algo que acontece da noite pro dia, mas já iniciamos o processo de planejamento e execução. 

Como toda a estrutura, mindset ágil também para o planejamento e execução das metas táticas e estratégicas, onde não há promessas e sim metas claras. A forma como chegaremos lá está em constante construção, o que agrada os mais puristas dos agilistas.

Você também é CEO da GH Academy, podemos esperar novidades unindo as duas áreas? 

Com toda certeza. A GH Academy tem um papel fundamental, principalmente na formação dos talentos que estão e os que farão parte da área tech. As estratégias estão intimamente ligadas e, em vários pontos, permitem um crossover entre as ações. 

Dessa forma, pensando na formação, capacitação, especialização do time, deixaremos a área mais robusta. Esta robustez permite ampliar a stack, ampliar mercado e expertises. 

É dessa forma que toda a área tech, que já é grande e está crescendo todos os dias, ajuda a GH Branding a criar futuro.

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A disrupção é um fenômeno com ciclos de anos, séculos e milênios, que tem o seu ápice numa fatia do tempo. É justamente nesse momento que a disrupção surpreende a todos. Entretanto, é importante salientar que geralmente, surpreende somente os não atentos e os não curiosos, que representam uma parte do mundo empresarial.

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